Aos Professores comigo na vida,
Feliz Dia do
Professor!
A docência é uma arte por diferentes motivos; o professor
é um artista enquanto interpreta uma ideia, um texto, ou um conceito, o é
também na sua fala, na palavra que elabora a cada aula; mas o professor é um
artista por possuir uma percepção acima da média acerca de algo no mundo.
O professor quando no seu palco cotidiano, na sala de
aula ou em um auditório, está constantemente interpretando uma ideia, é uma
postura corporal apropriada, uma entonação de voz, uma expressão facial
específica para eliciar nos seus uma emoção ou sentimento correto para o
momento, provocar uma emoção de espanto, alegria e até mesmo tristeza,
dependendo da necessidade e conteúdo a ser discutido.
O professor é um artista na sua fala, pois existe a busca
incansável pelo texto perfeito, pelo conceito bem exposto, a estética da
linguagem, cada dia promovendo leitura e escrita novas. No livro “O texto, ou:
a vida – Uma trajetória literária”, Moacyr Scliar (que muito gostava de
lecionar, de palestrar, que sempre esteve presente nas escolas, em obra e
homem) fala da necessidade de escrever. O Professor, a necessidade de falar.
Falar acerca de algo estudado, planejado, também escrito, mas assim como o
texto, depois que a fala foi lançada não é mais tua. É da palavra que tudo
nasce: “no princípio fez-se o verbo”. Sugiro que a primeira profissão foi a de
professor, já que aprender é inerente à própria vida.
Por fim, o professor é um artista, pois a partir da sua
percepção acima da média oferece a beleza que o outro espera. Então, o artista
agora professor começa a sua obra em um tom menor, calmamente, aumenta o tom,
atinge um ápice de tom maior, aquele de arrepiar, depois desce lentamente, e
gera no outro o desejo de mais um tom maior, mais um êxtase, que é sempre
surpreendente e novo e no qual se expressa a percepção tão esperada. Mas cada
um com seu tom, seu compasso, sua velocidade, diferentes formatos de oferecer o
tom maior. A palavra nova e criativa a cada aula.
Há de se jogar libido em tudo que desejarmos realizar, há
de se ter necessariamente uma obra para ser professor. Nós, Professores, somos
estes poços de individualidade e ego necessários a um artista e nos
fragmentamos e colhemos uns aos outros cotidianamente. A energia nos exige, por
força da profissão, estarmos muito na função onda, nos lançando no mundo de
forma particular e subjetiva, somos imanências e vida!
Que lindo, renova a fé na educação. Vamos em frente!
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